segunda-feira, 2 de abril de 2012

soneto

sono diminuto
e eu me comprometo
a romper cada minuto
nesta cama em que me sento
para concluir o desafio aceito
de entortar o leito
no qual eu deito este poema
sem rumo ou tema
na famigerada folha em branco

não vou contar letras ou pauta
sou alguém que toca flauta
sem sequer saber assobiar
contando que no mais ou menos tardar
no branco deste lugar

nascerá a minha obra

Um comentário:

  1. Muito bacana quando a gente pensa que a poesia estará sempre inacabada. Lembrei do Waly Salomão que a Adriana Calcanhotto canta: "acordo, e o poema-miragem se desfaz/desconstruído como se nunca houvera sido."

    ResponderExcluir